Dois aviões privados do mítico cantor e ator norte-americano, Elvis Presley, estão à venda. O leilão está a decorrer sob a forma de propostas em carta fechada, através da casa de leilões Julien Auction’s.
Um dos jatos é o Lisa Marie, em homenagem à sua filha com o mesmo nome. Foi comprado por Presley em 1975, dois anos antes da sua morte. Ele gastou, na altura, 300 mil dólares a remodelá-lo, para incluir uma suite master com cama grande, para além de uma sala de conferências e uma casa de banho ornamentada em ouro.
Esse jato e o outro - Hound Dog II, comprado no mesmo ano – estavam em exposição em Graceland há mais de 30 anos para deleite dos fãs do homem que morreu em 1977 e se tornou um mito a nível mundial.
A última vez que o Lisa Marie voou foi para transportar a sua ex-esposa Priscilla Presley e ator George Hamilton ao seu funeral.
O avião foi vendido em 1978 e teve dois proprietários antes de ser adquirido por um consórcio para permitir que fosse exibido como atração turística, em exposição.
O acordo de joint venture que permitiu que fosse utilizado para esse fim expira este ano. Daí o leilão que se realiza. Os aviões estão a ser vendidos como um lote, com a opção de compra de um terreno ao lado de Graceland para continuarem em exibição, mas de forma independente do Museu Presley.
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A Polнcia Federal e a Polнcia Civil apuram a suspeita de possнvel fraude na venda do aviгo Cessna que caiu em Santos (SP) no ъltimo dia 13 com o candidato а Presidкncia Eduardo Campos (PSB).
O aviгo pertencia ao grupo A. F. Andrade, dono de usinas de aзъcar, que estб em recuperaзгo judicial, e sу poderia ser vendido com autorizaзгo da Justiзa, o que nгo ocorreu, segundo os policiais.
Eduardo Campos desembarca em Franca em maio apуs viajar no aviгo Cessna que caiu no ъltimo dia 13
O aviгo foi vendido a Joгo Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho e seria registrado em nome da BR Par Participaзхes e Bandeirantes Pneus, segundo documento do grupo A. F. Andrade enviado а Anac (Agкncia Nacional de Aviaзгo Civil) e obtido pela Folha.
Mello Filho й usineiro e jб recebeu multas do governo por nгo comunicar suspeitas de lavagem de dinheiro quando tinha uma financeira. O dono da Bandeirantes Pneus, Apolo Santana Vieira, й rйu em aзгo penal por importaзгo fraudulenta de pneus.
O comprador assumiu uma dнvida de US$ 7 milhхes (R$ 15,9 milhхes) junto а Cessna, dona da aeronave. Uma das suspeitas й de que as empresas nгo teriam capacidade para pagar esse valor. Atй o dia do acidente, quase trкs meses apуs a compra, a Cessna nгo havia aprovado o cadastro da Bandeirantes.
A compra foi intermediada por Aldo Guedes, presidente da empresa de gбs do governo pernambucano e sуcio do ex-governador Eduardo Campos em uma fazenda. Foi Guedes quem contratou os pilotos que morreram.
A DЪVIDA
Os policiais querem saber por que o comprador nгo passou a aeronave para o seu nome, como manda a lei. Nos registros da Anac (Agкncia Nacional de Aviaзгo Civil), o Cessna continua em nome do grupo A. F. Andrade.
Uma das hipуteses dos policiais й que isso foi feito para burlar credores. Segundo essa hipуtese, o grupo nгo fez a transferкncia para nгo repassar aos credores o que recebeu. A lei de recuperaзгo judicial determina que todo valor arrecadado seja usado para pagar as dнvidas.
A queda do aviгo sem a transferкncia para os atuais donos pode trazer problemas com o seguro. A apуlice da Bradesco Seguros estб em nome do grupo A. F. Andrade. O fato de o antigo dono ter omitido a venda do aviгo pode ser uma razгo para o nгo pagamento do seguro.
Celso Vilardi, advogado do grupo A. F. Andrade, diz que nгo hб fraude. Segundo ele, o grupo recebeu do comprador oito parcelas do "leasing" feito na Cessna, cujo valor ele nгo revela ("leasing" й um financiamento em que o cliente paga parcelas mensais e ao final fica com o aviгo). A quantia foi repassada а Cessna para saldar dнvidas, de acordo com Vilardi.
O valor foi pago em 8 de maio. O grupo comprou o aviгo por US$ 8,5 milhхes, a serem pagos em atй dez anos.
OUTRO LADO
Advogados do grupo A. F. Andrade refutam com veemкncia a suspeita de fraude. Segundo o criminalista Celso Vilardi, o aviгo representava despesas, e nгo uma receita.
"A venda do aviгo й uma dнvida a menos. O grupo nгo ficou com um tostгo do aviгo, repassou tudo para a Cessna porque havia dнvidas", diz.
Ricardo Tepedino, que defende o grupo na esfera cнvel, afirma que nгo hб fraude porque a venda foi feita antes do pedido de recuperaзгo.
O aviгo nгo estava em nome do novo dono, segundo o documento enviado а Anac, porque a Cessna analisava a capacidade financeira das empresas BR Par Participaзхes e Bandeirantes Pneus.
A Bandeirantes disse em nota que tinha interesse no aviгo, mas a Cessna nгo aprovou o cadastro da empresa atй o dia do acidente.
A Folha nгo conseguiu localizar a BR Par Participaзхes. A reportagem tambйm nгo encontrou Aldo Guedes e Joгo Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho.
ACIDENTE
O candidato do PSB а Presidкncia da Repъblica, Eduardo Henrique Accioly Campos, 49, morreu no dia 13 de agosto em acidente aйreo em Santos, litoral paulista, onde cumpriria agenda de campanha. O jato Cessna 560 XL, prefixo PR-AFA, partira do Rio e caiu em бrea residencial. A Aeronбutica investiga a queda.
Dois pilotos e quatro assessores tambйm morreram. e sete pessoas em solo ficaram feridas. Os restos mortais removidos do local do acidente foram para a unidade do IML (Instituto Mйdico Legal) em Sгo Paulo. Na noite de sбbado (16), o corpo de Campos chegou ao Recife. Os filhos dele carregaram o caixгo usando camisetas com a frase "Nгo vamos desistir do Brasil", dita pelo candidato na TV.
Cerca de 130 mil pessoas, segundo estimativa da Polнcia Militar, acompanharam no domingo (17) o cortejo com o corpo de Eduardo Campos no Recife, apуs o velуrio no Palбcio do Campos das Princesas. O ex-governador foi enterrado sob gritos de "Eduardo, guerreiro do povo brasileiro", aplausos e fogos de artifнcio. No velуrio, Dilma Rousseff (PT) e o ex-presidente Lula receberam vaias da multidгo, depois abafadas por aplausos. O senador mineiro Aйcio Neves (PSDB) tambйm participou da cerimфnia.
Marina Silva ficou ao lado de Renata Campos. viъva do candidato, durante o velуrio e o enterro. No cemitйrio, a ex-senadora foi seguida por pessoas que gritavam seu nome e tentavam tocб-la. Os corpos das outras vнtimas do acidente foram enterrados em Recife, Aracaju, Maringб (PR) e Governador Valadares (MG).
Governador de Pernambuco por dois mandatos, ministro na gestгo Lula, presidente do PSB e ex-deputado federal, Campos estava em terceiro lugar na corrida ao Planalto, com 8% no Datafolha. Conciliador, era considerado um expoente da nova geraзгo da polнtica.
Campos morreu num 13 de agosto, mesmo dia da morte do avф. o tambйm ex-governador Miguel Arraes (1916-2005). Campos deixa mulher, Renata Campos, e cinco filhos. o mais novo nascido em janeiro. "Nгo estava no script". disse Renata.
O modelo Falcon 2000EX, prefixo M-IKEL, tem muitas horas voadas não apenas levando o competidor para as provas, mas atendeu a família após a aposentadoria do alemão das pistas.
Contudo, a senhora Schumacher avaliou que manter a aeronave em seu poder não seria mais necessário e colocou o jato a venda por 20 milhões de Euros. Quando de sua aquisição, o avião custou 25 milhões de Euros.
Michael segue se recuperando do acidente sofrido em 29 de dezembro do ano passado, quando ele chocou-se contra pedras na estação de esqui de Méribel, na França. Ele foi levado em estado de coma para o Centro Hospitalar de Grénoble, onde ficou até junho passado, onde foi levado para uma clinica de recuperação em Lausanne, na Suiça, onde segue seu processo de recuperação.
PUBLICADO EM 21/08/14 - 21h56
DA REDAÇÃO
A Polícia Federal e a Polícia Civil apuram a suspeita de possível fraude na venda do avião Cessna que caiu em Santos (SP) na penúltima quarta-feira (13) com o candidato à Presidência Eduardo Campos (PSB).
O avião pertencia ao grupo Andrade, dono de usinas de açúcar na região de Ribeirão Preto, que está em recuperação judicial, e só poderia ser vendido com autorização judicial, segundo os policiais, o que não ocorreu. A dívida do grupo gira em torno de R$ 300 milhões.
O avião Cesna foi vendido a João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho e Apolo Santana Vieira, ambos de Pernambuco, segundo documento do grupo Andrade enviado à Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e revelado pela coluna Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo. Mello Filho é usineiro e era amigo de Campos, segundo a reportagem apurou.
Os policiais também querem saber por que os compradores não passaram a aeronave para os seus nomes, como prevê a legislação. Nos registros da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), o Cessna permanece em nome do grupo Andrade.
Uma das hipóteses dos policiais é que isso foi feito para burlar os credores. Segundo essa hipótese, o grupo Andrade simularia ainda ter a posse da aeronave para não repassar o que recebeu pela venda do avião. Segundo a lei de recuperação judicial, quando uma empresa está em dificuldade todo o valor arrecadado é usado para pagar dívidas.
Os policiais temem que, se ficar caracterizado que o avião ainda é do grupo Andrade, como está no registro da Anac, o grupo de Ribeirão Preto não teria recursos para honrar os cerca de R$ 9 milhões de prejuízo nos imóveis, provocado pela queda da aeronave.
Representantes do grupo Andrade dizem que os empresários pernambucanos pagaram oito parcelas de um "leasing" feito junto à Cessna ("leasing", ou arrendamento mercantil, é um tipo de financiamento no qual o cliente paga uma parcela por mês e ao final fica com o avião).
No arrendamento, o avião custou cerca de US$ 9,5 milhões (por volta de R$ 21.437.700), divididos em dez anos ou 120 parcelas. Segundo essa conta, as oito parcelas pagas correspondem a US$ 633 mil (cerca de R$ 1.428.427). As oito parcelas foram pagas no dia 8 de maio, segundo a resposta do grupo Andrade à Anac.
Esse valor foi integralmente repassado à Cesna, segundo o grupo Andrade. Advogados dos usineiros de Ribeirão Preto refutam com veemência a versão de fraude. Segundo o advogado Celso Vilardi, que defende o grupo Andrade na esfera criminal, o avião representava despesa e não receita.
"A venda do avião representa uma dívida a menos para o grupo Andrade. O grupo não ficou com um tostão do avião, repassou tudo para a Cesna, porque havia dívidas", afirma Vilardi.
O avião não estava em nome dos novos donos, segundo o documento enviado à Anac, porque a Cessna analisava a capacidade financeira das duas empresas que haviam adquirido o avião: a BR Par Participações e a Bandeirantes Pneus.
A reportagem não conseguiu falar com Mello Filho sobre por que o avião ainda não estava em seu nome.
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