Polícia encontrou máquina de cartão e caderno com dados de passageiros com suspeito
(Foto: Reprodução TV Acre)
A Polícia Civil prendeu, nesta segunda-feira (1), o terceiro suspeito de envolvimento em um esquema fraudulento de venda de passagens aéreas por meio de programas de milhagem. O homem era procurado desde o dia 13 de novembro, quando a polícia deflagrou a "Operação Decolar".
Segundo o delegado responsável pelas investigações, Roberth Alencar, o suspeito já estava aplicando um novo golpe. "Ele adquiria dados de programas de fidelidade e senhas de resgate de vítimas através da internet e utilizava esses códigos e senhas para emitir passagens", explica Alencar.
Entenda o caso
A Polícia Civil deflagrou, no dia 13 de novembro, a "Operação Decolar". Na ocasião, foram presos dois homens suspeitos de aplicarem golpes envolvendo a venda de passagens aéreas por meio de programas de milhagem.
De acordo com o delegado Roberth Alencar, os suspeitos vendiam as passagens aéreas através de milhas ou reservavam no próprio site das empresas, mas entregavam para as vítimas localizadores que não eram válidos ou cancelados antes do voo.
Segundo a Polícia Civil, eles atuavam há pelo menos cinco anos, faturando até R$ 10 mil por mês. As passagens eram vendidas abaixo do preço de mercado e os anúncios eram feitos em cartões e pelas redes sociais. Outra informação passada pelo delegado é que os suspeitos não trabalhavam em conjunto.
Até o momento, mais de 20 vítimas do golpe já procuraram a Polícia Civil para denunciar o golpe.
Colaborou Evely Dias, da TV Acre.
Um casal de Anápolis, a 55 km de Goiânia, acusa a agência de viagens Celta Turismo de golpe na venda de passagens aéreas. Eles afirmam que compraram quatro bilhetes para ir a Portugal, mas foram surpreendidos ao descobrirem, no dia da viagem, que os lugares não estavam disponíveis por falta de pagamento. O dono da empresa diz que está tentando resolver o problema.
Segundo a estudante Geicirlane Gomes Peixoto, ela, o esposo, o carpinteiro Claudinei Maia, e os filhos iriam para o país europeu no dia 31 de janeiro. As passagens foram adquiridas um mês antes, por R$ 10,9 mil.
"Quando chegamos ao aeroporto para fazer o check-in, disseram que nossas passagens não estavam reservadas porque não haviam sido pagas. Como assim? Sendo que eu paguei a vista em transferência bancária", reclama.
A mulher afirma ainda que não consegue resolver o problema quando procura a agência. "Eles ficam levando a gente em banho maria. Dizem que amanhã será resolvido, que a gente vai embarcar. E fica nessa, o tempo está passando", diz.
Claudinei revela que mudou toda a rotina da família por conta da viagem. "Estamos esperando uma solução. Os meus filhos estão sem colégio porque tirei eles daqui para colocar em uma escola lá. E agora, como é que faz? Vai perder um ano por causa de uma agência?", questiona.
O proprietário da agência, Roberto Carlos Xavier, admitiu o problema, mas disse que está trabalhando para resolvê-lo. "Nós temos conhecimento do problema. Passamos por um momento de dificuldade financeira, mas a agência está empenhada em resolver ainda esta semana a questão", promete.
Investigação
Cansados de esperar, o casal resolveu registrar uma ocorrência contra a empresa. De acordo com o delegado Carlos Antônio Silveira, cerca de dez pessoas também já registraram queixa pelo mesmo problema. Ele estuda pedir a prisão preventiva do dono da agência.
"Ele está obtendo para si vantagem ilícita em prejuízo alheio. Então, ele vai responder pelo crime de estelionato porque está induzindo as pessoas ao erro, além de responder na área cível por estar causando um prejuízo enorme às pessoas que procuram a empresa", fiz.
O secretário de Defesa do Consumidor de Anápolis, Valeriano Abreu, disse que a Celta Turismo tem 26 reclamações registradas no Procon. "A depender da gravidade dos casos que estão sendo analisados, [pode ocorrer] até mesmo a cassação do alvará de funcionamento, medida esta que pode ser imposta na via administrativa com a penalidade pelo próprio Procon", avalia.
Casal acusa agência de golpe na venda de passagens aéreas (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
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O Estado de S. Paulo
19 Dezembro 2013 | 16h 50
O governo da Venezuela divulgou nesta quarta-feira, 18, novas regras para venda e emissão de passagens aéreas no país, em uma tentativa de conter a venda fraudulenta de bilhetes. Segundo informações do jornal El Universal, a nova legislação, que entrará em vigor no dia 1º de fevereiro, exige que as passagens tenham mais dados dos passageiros, data de regresso e identificação do agente vendedor.
A regulação mais severa tenta reverter o grande aumento na procura por passagens, provocado por fatores como o descontrole cambial do país.
A compra de bilhetes internacionais é exigida para que venezuelanos sejam autorizados a comprar dólares pelo preço oficial, de 6,3 bolívares - no mercado paralelo, a moeda americana já é vendida por quase 10 vezes esse valor.
Operações policiais em busca de irregularidades têm sido feitas com frequência nos maiores aeroportos da Venezuela.
Agentes escolhem filas de embarque para conferência dos passageiros que efetivamente estarão nos voos e verificam bagagens em busca de indícios de crime cambial - passageiros viajando com diversos cartões de crédito, por exemplo.
Outra intenção do governo de Nicolás Maduro é reduzir as operações de "triangulação de passagens". Empresas, segundo as autoridades, estariam se aproveitando das vantagens cambiais nas agências de viagens venezuelanas para baratear custos utilizando aeroportos do país como escalas.
Fraudes. O uso do Cadivi - órgão que administra a compra e a venda de dólares na Venezuela - para fraudes com câmbio paralelo passa pela compra de bilhetes aéreos. Com as passagens confirmadas, e nem sempre utilizadas, os venezuelanos podem liberar cotas de dólares que serão, então, comprados a preço oficial em casas de câmbio autorizadas. Os que escolhem viajar, podem utilizar seus cartões de crédito para compras em dólar. Comerciantes em países como Peru e Equador "descarregam" esses cartões e entregam os valores em dólares aos venezuelanos, cobrando ágio. O dinheiro retorna, então, para a Venezuela e é vendido no mercado paralelo, multiplicando-se por quase 10 vezes.
Copa. A Conviasa, principal empresa aérea venezuelana, anunciou ontem a abertura de voos especiais para o Brasil no período da Copa do Mundo de 2014. A companhia inaugurou ontem a rota Nova Esparta-Manaus para facilitar o turismo de brasileiros nas ilhas venezuelanas do Caribe.
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