Viajar de um país a outro com passagens que podem custar menos de US$ 10 é possível graças às chamadas companhias aéreas “low cost” (de baixo custo). Muitos brasileiros que vão passar férias na Europa e na Ásia, onde há várias empresas desse tipo, aproveitam essa opção para se deslocar internamente pagando um preço que costuma sair mais barato do que qualquer outro tipo de transporte, incluindo os terrestres.
Mas viajar de “low cost” não é o mesmo que embarcar em um voo comum. Itens que costumam estar incluídos nos voos de outras empresas aéreas (com o direito de despachar uma mala, de reservar o assento ou de tomar um copo de água durante o voo) podem ser cobrados à parte.
As brasileiras Patrícia Camargo e Adriana Miller, blogueiras de viagem; elas moram na Europa e vivem embarcando em voos de baixo custo pelo mundo (Foto: Arquivo pessoal)
“Para economizar, o viajante tem que estar disposto a fazer certos sacrifícios, como não ter lanchinho servido no voo nem poltronas que reclinam, além de viajar apenas com uma mala de mão. Então, não tem a flexibilidade de levar um par de sapatos extra ‘caso apareça um programa’”, avisa a economista carioca Adriana Miller, 32 anos, autora do blog de viagens Dri Everywhere .
Ela vive na Europa desde 2004. Já morou na Itália e na Espanha, e agora trabalha em um banco em Londres. Adriana viaja ao menos uma vez por mês. Se contadas as viagens a trabalho, chega a pegar avião toda semana por vários meses seguidos. Com isso, já conheceu 72 países nos cinco continentes.
Das viagens de lazer da economista, 90% são em voos de baixo custo, tanto na Europa quanto na Ásia. Ela chegou a encontrar um bilhete entre Londres e Porto, em Portugal, por 50 centavos de libra (sem as taxas).
Fila em frente a guichê da companhia Ryanair (Foto: Eduardo Guimaraes Castro/VC no G1)
Para que o preço final continue valendo a pena, é preciso ficar de olho nas taxas e nos extras que são embutidos na hora da compra. “Algumas empresas oferecem uma tarifa na página principal que parece maravilhosa, mas que a cada clique vai somando uma taxa aqui, outra ali e no final o valor pode triplicar, caso você despache uma mala e escolha o assento”, diz a paranaense Patrícia de Camargo, que mora nas ilhas Canárias, na Espanha.
Doutora em Turismo, ela faz, em média, dez viagens ao ano. Já conheceu 41 países e dá dicas para viajantes no blog Turomaquia. Patrícia é assídua frequentadora de voos “low cost”. "Essas companhias são imbatíveis quando o turista não quer comprar um voo de ida e volta internacional, por exemplo Lisboa-Paris-Lisboa, mas apenas o trajeto de ida e de lá quer ir para outro destino. Os preços são bem melhores”, afirma.
Adriana acrescenta outra vantagem. "Por terem margens de lucro tão pequenas, essas companhias tendem a ser muito eficientes, sem atrasos, com embarque e desembarque super-rápidos", diz.
Confira, a seguir, os "dez mandamentos" do viajante de voos "low cost", reunidos pelo G1 a partir das dicas de Adriana e Patrícia.
1- Compre com antecedência
Comprar o antes possível é a chave para encontrar preços realmente baixos, principalmente se for viajar durante o verão europeu, o fim de ano e outras épocas de alta temporada. Em geral, as companhias colocam as passagens à venda com cerca de um ano de antecedência.
As companhias também costumam fazer promoções periodicamente. Vale ficar atento aos sites ou se cadastrar nos boletins de notícias. Outra dica: assim como acontece com as empresas aéreas comuns, passagens no meio da semana costumam ser mais baratas do que as de fim de semana.
2- Cuidado com os extras na hora da compra
As companhias "low cost" costumam cobrar por itens que, nos voos comuns, estão incluídos na conta. Alguns exemplos: é preciso pagar a mais para despachar a mala, reservar assento, ter direito ao embarque prioritário ou a uma poltrona com maior espaço entre as pernas. Muitas também cobram uma taxa para quem paga a passagem com cartão de debito e crédito – os preços costumam variar para cada bandeira.
Algumas empresas também adicionam outros valores à compra, como a taxa de embarque e impostos locais, que variam muito de um país para o outro.
Esses extras podem duplicar, triplicar ou até quintuplicar o preço final da compra. Adriana Miller conta que, no ano passado, comprou uma passagem entre a Malásia e a Cingapura que custava US$ 5. O preço subiu para US$ 40 com os impostos e a taxa para despachar bagagem. “Ainda é muito barato, porém o preço final saiu bem mais caro que a passagem propriamente dita”, diz.
3- Não caia nas armadilhas das vendas de produtos
Algumas companhias tentam “empurrar” ao cliente, na hora da compra, diversos itens de parceiros, como hospedagem no destino, aluguel de carro ou uma mala de mão do tamanho correto para voar com aquela empresa. É fácil clicar sem querer em um desses itens (ou esquecer de desmarcá-los), por isso é preciso ficar atento.
4- Leve em conta o aeroporto de saída e de destino
Para baratear o preço dos voos, uma das medidas que as empresas de baixo custo tomam é não usar os aeroportos principais de uma cidade. Por isso, ao comprar a passagem, vale observar de onde o voo sai: Paris-Beauvais, por exemplo, fica na verdade em Beauvais, a uma hora e 15 minutos da capital francesa.
Para saber se vale a pena um voo que chega ou sai desses aeroportos mais distantes, some ao preço final o valor do deslocamento, que em alguns casos pode sair mais caro do que a passagem.
5- Respeite as regras de bagagem
A grande maioria das empresas "low cost" cobra para despachar qualquer bagagem – em geral, o valor cobrado por volume vai de 12 a 40 euros, dependendo da empresa e da época do ano.
Também há regras bem estritas em relação à bagagem de mão. Em geral, é permitido levar uma mala por passageiro, com um peso máximo que varia de seis a dez quilos e dimensões máximas também pré-definidas pela companhia. Isso quase sempre é conferido na hora de entrar no avião, com balanças e medidores de volumes na porta de embarque.
Bolsas femininas, sacolas do "free shop", mochila para câmera fotográfica, bolsa de bebê. Tudo isso conta como volume e deve ser acomodado dentro da bagagem de mão. Apenas o casaco pode ser levado além dessa mala única.
Lembre-se de não encher demais malas ou mochilas para que suas dimensões não aumentem a ponto de não caberem no medidor de metal. “Se a mala não entrar naquele aterrador medidor da companhia, eles a despacham sem dó nem piedade, e o preço pode ser o triplo do valor que você paga para despachar online”, avisa Patrícia.
6- Faça o check-in online
Outra "armadilha" que costuma pegar muito turista desavisado é deixar para fazer o check-in no aeroporto. Algumas companhias cobram até 60 euros pelo serviço. Faça o check-in pela internet e imprima o cartão de embarque antes de sair de casa.
7- Fique atento na hora do embarque
Chegue cedo, e ainda mais cedo se for despachar a mala. Mas não com mais de três horas de antecedência, porque o check-in não é aceito antes disso.
Fique atento depois que passar pelos raios-X. As "low cost" são campeãs em alterar o portão de embarque.
As filas na porta de embarque desse tipo de empresa costumam ser grandes e começam a se formar bem cedo. Isso porque os assentos não são marcados, e o espaço no bagageiro se esgota em um determinado momento, o que pode obrigar os passageiros que entrarem por último a levar a mala nos seus pés. É comum haver até correria para conseguir se sentar.
Se estiver viajando com mais gente ou preferir evitar esse tipo de estresse, vale pagar para marcar os assentos (serviço que custa, em geral, de 4 a 10 euros).
8- Não espere conforto
Os voos desse tipo costumam ter poltronas com o espaço bem justo e que não reclinam. Mas ao menos a maioria das viagens feitas por essas aeronaves são curtas (duram em torno de duas horas).
Em algumas empresas, os comissários de bordo vendem todo tipo de produto durante o voo: de cigarros falsos que tiram a vontade de fumar até bilhetes de raspadinha, revistas e ingressos para atrações turísticas no destino. Prepare-se para as interrupções constantes.
9- Vá alimentado (ou pague pelo lanche)
Toda comida e bebida a bordo é cobrada, inclusive a água. Muita gente prefere comer antes ou levar um lanche na bolsa.
10- Tenha certeza sobre a data da viagem
Em geral, mudar a data ou o nome do passageiro não compensa, ja que as taxas extras cobradas podem equivaler ao preço de um nova passagem.
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Viajar por baixo custo deixou de ser um sonho e se tornou realidade para muitos jovens que encontraram soluções alternativas para poder experienciar novas culturas pelos diversos continentes. A Workaway é uma dessas redes que com a ajuda da internet e de pessoas de boa vontade tem ajudado a tornar acessível a possibilidade de conhecer o lado real de um país estrangeiro.
Foto: Yichen/Divulgação/Workaway
O site tem como objetivo promover a troca justa entre viajantes de baixo orçamento, alunos de idiomas, famílias abertas ao intercambio cultural ou qualquer instituição que precise de trabalho voluntário.
A ideia é simples: o viajante trabalha algumas poucas horas por dia em troca de alimentação e alojamento. É possível oferecer desde pintura à cuidados com o jardim, serviço de babá ou ir às compras.
Foto: nilla/Divulgação/Workaway
Pôr do sol na região da Sardenha, Itália
A plataforma mantém um banco de dados onde os interessados preenchem um perfil sobre que tipo de ajuda pode oferecer. Dessa forma, os anfitriões podem buscar os visitantes que querem receber de acordo com o que necessitam e vice-versa. Mais de 135 países estão conectados à rede.
Para o perfil é recomendado subir fotos e até vídeos de apresentação. O site também promove um concurso de fotografia mensal onde é possível ganhar dinheiro para estender as viagens.
Autoridades lançam pacote para conter aumento dos preços de alimentos
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O apoio da Aeroflot, proprietária da Dobrolet, também facilitará na otimização de seus processos comerciais Foto: RIA Nóvosti
Atualmente, a nova companhia área Dobrolet, cuja operação foi iniciada em junho de 2013, liga apenas a capital russa à península de Crimeia. Graças ao subsídio do governo, as passagens estão sendo comercializadas por valores entre US$ 29 e 102. Porém, de acordo com as informações da assessoria de imprensa da empresa, duas novas rotas nacionais serão abertas até agosto – Moscou- Volgogrado (a 970 quilômetros da capital russa) e Moscou-Perm (a 1442 quilômetros da capital). O preço mínimo de uma passagem, com direito a apenas bagagem de mão de até 10 quilos, também ficará em torno de US$ 29. O transporte da bagagem adicional e prestação de demais serviços, como alimentação a bordo, serão cobrados à parte.
“O modelo comercial das companhias aéreas de baixo custo prevê a minimização de gastos, permitindo assim oferecer as passagens de 20 a 50% mais baratas do que a das transportadoras convencionais de classe econômica”, explicou à Gazeta Russa a assessoria de imprensa da Dobrolet. Segundo os representantes da empresa, a rede de rotas da companhia será ampliada para até 10 destinos nacionais até o final do ano, e chegará a 40 localidades até 2018.
Além disso, em 2016, a empresa pretende iniciar a operação no mercado internacional. Apesar de a assessoria de imprensa não divulgar as informações sobre os novos trajetos, o jornal de negócios “Vedomosti” afirma que as aeronaves da empresa ligarão o país a pelo menos três cidades: Tel Aviv, Istambul e Barcelona. “Até 2018, a frota de aviões será ampliada e contará com até 40 aeronaves, enquanto o fluxo anual de passageiros, segundo as previsões, atingirá 10 milhões de pessoas, garantindo à companhia um lugar na lista de dez maiores transportadoras aéreas da Rússia”, ressalta a assessoria.
A fundação das próprias empresas aéreas de baixo custo faz parte das estratégias de desenvolvimento padrão de todas as grandes companhias aéreas europeias, tais como a Lufthansa, que deu origem à subsidiária German W ings, e ajudou-a a se estabelecer no mercado europeu de transporte aéreo de baixo custo. Uma estratégia parecida foi adotada pela Iberia, companhia aérea nacional espanhola, que em 2006, abriu uma transportadora de baixo custo denominada ClickAir. Dois anos mais tarde, a ClickAir se uniu com Vueling, um dos seus concorrentes, e a Iberia acrescentou 46% das ações desta empresa recém-criada aos seus ativos.
A fusão trouxe bons resultados: hoje em dia, a Vueling ocupa o segundo lugar entre as companhias aéreas espanholas em termos de fluxo de passageiros, enquanto o seu mapa de rotas é composto por 150 destinos regionais. “Pela experiência internacional, os serviços prestados por companhias aéreas de baixo custo fazem sucesso entre os usuários do mercado de transporte aéreo de passageiros”, acrescentam os representantes da companhia.
Fatores de sucesso
Devido ao fracasso de seus dois antecedentes, Sky Express e Avianova, falidas em 2011, a Dobrolet pode ser considerada a terceira tentativa de criação de uma transportadora aérea de baixo custo em território russo. Na opinião de especialistas, o fracasso de duas operadoras mencionadas deve-se aos altos custos de operação, incluindo impostos e taxas cobradas pelos aeroportos, assim como a ausência de uma legislação que favoreça as atividades das companhias aéreas desse tipo.
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O antigo Código de Aviação Civil do país não permitia, por exemplo, a venda de passagens não reembolsáveis e exigia que os passageiros fossem alimentados a bordo de todas as aeronaves. Segundo Anatóli Khodorkovski, vice-diretor geral da agência de investimentos Reguion, as recentes mudanças introduzidas nas leis existentes aumentam drasticamente as chances de a nova empresa se estabelecer no mercado e construir um modelo comercial viável devido à possibilidade de lucrar com a prestação dos serviços adicionais e à redução de despesas.
“Além disso, a Dobrolet usufrui do direito de comprar combustível pelos preços especiais aplicadas à sua empresa proprietária”, acrescenta Oleg Panteleev, diretor do departamento analítico da agência Aviaport. Enquanto a redução de gastos está relacionada ao apoio da Aeroflot, a expansão para o mercado internacional dependerá do suporte do governo do país. “A abertura de rotas internacionais exigirá novos acordos intergovernamentais”, diz Panteleev.
Há alguns anos viajo com amigos e a eterna busca pelo custo mínimo começa logo depois da escolha do destino. Então vamos lá, como diminuir os gastos de sua viagem o máximo possível?
Este é um trabalho chato, contínuo e inevitável. O ideal é que se olhe todo dia na internet os sites possíveis de passagens para se achar um bom preço. Sugiro para pesquisa:
Como blog que anuncia promoções imperdíveis, sugiro:
E outra dica, que é uma das mais legais que descobri quando morei em Londres, é este site (apenas de pesquisa) de passagem:
(este site é o ideal para se montar um tour de baixo custo pela Europa. Por exemplo: se você não escolheu os destinos da sua trip, mas sabe que começa por Barcelona, pesquise passagem assim = De: Barcelona —- Para: EVERYWHERE, o site te mostrará o destino com a passagem mais barata saindo de BCN e geralmente são lugares incríveis de se conhecer, muitas vezes por preços baixíssimos, tipo 20 euros!)
Fiz uma simulação saindo de Barcelona dia 26/09/2013 e digitei “everywhere”, olha o que deu em reais!
Ir pra Suiça por R$ 51, quem não gostaria?
Agora vai uma dica:
– Sites como Decolar e Submarino Viagens só servem para pesquisas, o ideal é pesquisar o melhor preço lá, depois ir para o site da cia aérea e comprar. Fazendo isso você deixa de pagar as taxas que os sites de pesquisa cobram. Importante lembrar que em 90% dos casos acontece isso, mas já achei passagens aéreas mais baratas no Decolar, então é sempre bom fazer o teste.
Viagens munique
Elogiada pelo escritor Ernest Hemingway, “você não precisa ir para outro lugar, eu vos digo não há nada como Munique. ”, a grande e moderna...