Uma das exigências é que as companhias brasileiras tenham capital estrangeiro
Camilla Rigi, do R7
O Brasil poderá ter voos diretos para todos os 27 países da Europa, caso se confirme a assinatura de um acordo entre a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e a União Europeia previsto para ocorrer em julho. Atualmente, o Brasil só opera em 15 países. Uma das exigências é que as companhias brasileiras tenham capital estrangeiro, segundo informações concedidas nesta sexta-feira por Solange Paiva Vieira, presidente da agência.
- Até o fim do ano, a gente quer negociar com a União Européia um acordo único com os 27 países. Isso agilizaria muito os acordo no sentido de trânsito de passageiros, de novas companhias voando para o Brasil e a própria velocidade com que poderia negociar os próprios [acordos] bilaterais.
O acordo permitiria que qualquer empresa aérea européia possa operar voos diretos para o Brasil a partir dos aeroportos de 13 países da Europa, que já tem acordos com o governo brasileiro.
Outra determinação prevê ainda a designação de companhias aéreas dos países membros e não mais pelo país de origem. Assim, uma companhia alemã poderá solicitar rotas para o Brasil partindo da França, da Espanha ou de Portugal, por exemplo, ampliando o mercado dos voos internacionais.
Mais de 20 milhões de passageiros viajam todos os anos em rotas diretas entre a América Latina e a União Europeia. Do Brasil, partem todas as semanas 198 voos com destino a sete países do bloco: Alemanha (21), Espanha (30), França (46), Holanda (6), Itália (20), Inglaterra (17) e Portugal (58). No entanto, outros 20 países da União Europeia ainda não contam com ligações aéreas diretas com o Brasil.
A Austrália é um país tão grande como um continente, onde o avião é um meio necessário para cobrir as grandes distâncias entre uma cidade e outra. Então, na Austrália aeroportos e serviços relacionados são altamente desenvolvidos. O país também está bem servido de voos internacionais e intercontinentais com o resto do mundo.
O aeroporto mais importante da Austrália é o de Sydney (Sydney (Kingsford Smith) Airport (SYD)), mas muitos outros são os aeroportos do país que têm voos internacionais, incluindo os de Melbourne (Melbourne Airport (MEL)), Brisbane (Brisbane Airport (BNE)), Perth (Perth Airport (PER)), Adelaide (Adelaide Airport (ADL)), Darwin (Darwin International Airport (DRW)), Cairns Airport (CNS)) e o Aeroporto de Gold Coast (Gold Coast Airport, o Coolangatta Airport, (OOL)).
Não há voos diretos entre o Brasil ea Austrália. Se você está vindo do Brasil, há três alternativas para chegar a Austrália: através do Oceano Pacífico, via Europa e Ásia, ou via África do Sul.
Praia de Whitehaven, Whitsunday island, Queensland, Austrália. Author Grizzy Kret
1) A primeira opção é o que através de voos operados pela LAN Chile atravessa o Oceano Pacífico do Sul, com uma escala em Santiago e, em seguida, continuar com a LAN Chile ou com a Qantas e voar para Sydney sem escalas adicionais. Esta é a opção mais rápida, o tempo dispendido neste caso pode variar entre 25 e 35 horas (incluindo escalas).
Outra alternativa mais longa – mas que permite que alguns stop-overs interessantes na Ilha de Páscoa, Taiti e Auckland – são sempre os vôos da LAN Chile que fazem escalas para a Ilha de Páscoa e Taiti. De Taiti, na Polinésia Francesa, é necessário mudar de avião e com a Air New Zealand (ou Air Tahiti Nui) é chegar a Auckland, na Nova Zelândia. De Auckland existem inúmeros voos para as principais cidades da Austrália. A duração dos voos que utilizam esta opção é altamente variável, tudo depende da duração das stop-overs.
Outra opção é voar do Brasil para os Estados Unidos da América e, em seguida, para a Austrália. Neste caso, o aeroporto americano, com mais e melhores ligações com a Austrália é de Los Angeles.
Wineglass Bay e Promise Bay, Freycinet National Park, Tasmânia, Austrália. Author Bjørn Christian Tørrissen
2) A segunda opção é a utilização de companhias aéreas asiáticos ou europeus, e viajar através da Europa e Ásia. Entre as companhias aéreas mais adequadas para este fim são Emirates, Air France, Etihad, Qatar Airways. Estas opções permitem interessantes escalas na Europa ou nos Emirados Árabes Unidos e Singapura.
A duração dos voos entre a Europa e Austrália, com escalas incluídos, é pelo menos 20-25 horas de vôo, o vôo leva pelo menos um escalo, e às vezes dois ou mais, depende da combinação de opções de voos. Para quem vem do Brasil devem, obviamente, ser adicionado o tempo de voo entre o Brasil ea Europa.
Air France chega do aeroporto brasileiro de São Paulo-Guarulhos para a cidade de Melbourne, na Austrália, em cerca de 36 horas (incluindo escalas). Os escalas são realizadas nos aeroportos de Paris-Charles de Gaulle e Abu Dhabi.
Mais ou menos similares são as rotas de outras companhias aéreas que vão da Europa e Ásia. A companhia aérea Etihad faz uma escala em Abu Dhabi, a Qatar Airways faz uma escala em Doha, enquanto a Emirates faz uma escala em Dubai. Mesmo com essas companhias aéreas os horários de voos entre o Brasil ea Austrália variam entre 33 horas e 40 horas (incluindo escalas).
3) Interessante alternativa pode ser a oferecida pela South African Airways, que liga o Brasil para Perth na Austrália, com uma escala no aeroporto de Joanesburgo, África do Sul. Neste caso, o tempo de vôo entre o Brasil e Perth é de aproximadamente 27 horas (incluindo escala). As horas se tornam 35, se você quiser chegar a Sydney.
Não foi dessa vez que os europeus conseguiram assinar acordo com o governo brasileiro para retirar os limites de números de voos entre a União Europeia e o Brasil. Em visita a Brasília nesta quinta-feira, o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, e o presidente do Conselho Europeu, Herman van Rompuy, pretendiam assinar o ato de liberalização do setor aéreo, mas a expectativa foi frustrada por entraves na negociação e os únicos acordos assinados foram nas áreas de agricultura e de Ciência e Tecnologia.
"Estamos em discussão. Há alguns pontos em aberto", explicou o diretor-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Marcelo Guaranys, que espera que o processo "não demore muito".
Segundo o superintendente de relações internacionais da Anac, Bruno Dalcome, ainda está em negociação a cláusula ambiental que poderia impor às companhias aéreas uma cobrança por emissões geradas em voos que têm a Europa como destino; além disso, a definição sobre o limite de voos entre o bloco europeu e o Brasil ainda está emperrado. A resistência maior é das companhias brasileiras, que temem perder mercado.
O acordo para ampliação de frequência de voos entre Brasil e União Europeia prevê que todas as companhias aéreas do brasileiras e dos 27 Estados membros do bloco possam operar voos diretos de qualquer aeroporto para qualquer destino. Hoje o Brasil possui acordos bilaterais com 14 países europeus diferentes. "O acordo (que está em negociação) padroniza os direitos mínimos, mas mantém a possibilidade de o País negociar diretamente no nível bilateral", afirmou Dalcome.
É a segunda vez que o texto chegou a poder ser assinado. A primeira vez foi na cúpula Brasil - União Europeia de 2011, em Bruxelas. Desde então, o acordo ficou parado nas mãos governo brasileiro. Segundo o superintendente de assuntos internacionais da Anac, não é necessário que o acordo seja assinado pela presidente e os dirigentes europeus - o próximo encontro só estaria marcado para 2015. Uma assinatura em nível ministerial já seria suficiente para destravar os limites dos voos entre o bloco e o Brasil.
16 de Junho de 2014 às 16:48 por Publituris
As reservas de voos da Europa para o Brasil durante o período do Campeonato do Mundo da FIFA aumentaram aproximadamente 60% em comparação com as reservas para o mesmo período em 20132, demonstrando o claro impacto do evento sobre a procura por viagens.
A análise do Amadeus’ Travel Intelligence demonstra o grande impacto que o evento está a ter sobre a procura por viagens para o Brasil, principalmente de países do norte da Europa, como o Reino Unido, França e Alemanha, que viram todos um enorme aumento ano a ano em reservas para estes mercados no Brasil:
No Reino Unido, as reservas para viagens em junho de 2014 é quase o triplo do número em Junho de 2013. Consequentemente, o Reino Unido é o principal mercado europeu a viajar para o Brasil durante esse período;
A Alemanha tem visto um aumento aproximado de 100% em reservas;
As reservas para as viagens aéreas a partir de França aumentaram 70%.
No entanto, este aumento da procura não se reflete no sul da Europa, com reservas a partir de Itália, Espanha e Portugal a diminuírem cerca de 10% em relação aos níveis de 2013.
Cidadãos do norte da Europa viajam para o Brasil – mas a análise de dados demonstra que muitos estão a viajar com as companhias aéreas do sul da Europa.
Embora as reservas para passageiros provenientes de países do sul da Europa para o Brasil ainda não registaram um aumento para o mês de junho de 2014, as companhias aéreas do sul da Europa continuam a beneficiar. De facto, os dados mostram que uma grande proporção de viajantes do norte da Europa reserva com companhias do Sul da Europa, e fazem a conexão em cidades como Lisboa, Madrid e Roma para seguir a viagem para o Brasil.
Reservas em agências de viagens de voos para o Brasil originários de mercados europeus fora de Espanha, Portugal e Itália, mais do que duplicou em comparação com 2013, e as companhias do sul da Europa captaram uma parcela maior deste aumento em relação às outras companhias aéreas, tanto em termos absolutos como em termos relativos. Reservas a partir desses mercados com companhias do sul da Europa quase triplicaram (185%); em contraste, reservas para todas as outras companhias aéreas aumentaram 70%.
Os EUA são o maior mercado intercontinental em termos de reservas para o Brasil.
Reservas em agências de viagens para o período de maio a agosto de voos para o Brasil, originários dos Estados Unidos da América, aumentaram 68% em relação ao mesmo período de 2013, um ano que já havia registado um forte crescimento.
Contrariamente ao continente europeu, a capacidade do mercado dos EUA para o período de maio a agosto aumentou 15%. Além disso, a capacidade nos meses de junho e julho foi de 3% maior do que o registado nos meses de maio e agosto.
As companhias aéreas não estão a aumentar a sua capacidade em linha com o aumento da procura.
De facto, a análise adverte que, à exceção dos EUA, muitas companhias aéreas podem estar a perder a oportunidade de aproveitar ao máximo a alta procura por viajantes, uma vez que a decisão de não aumentar a capacidade é generalizada em todas as companhias. Apesar do facto de haver grande interesse em viajar para o Brasil durante o Campeonato do Mundo ser evidente desde o início – a procura e reservas de viagens da Europa para o Brasil viu enormes picos após os jogos finais de qualificação em Outubro e Novembro de 2013 e em 6 de dezembro de 2013, o dia do sorteio final do torneio – as companhias aéreas não parecem ter respondido pelo aumento de capacidade de lugares adicionais. A capacidade da Europa para o Brasil viu apenas um aumento de aproximadamente 6% a partir de 2013. Conforme ilustrado pelo gráfico abaixo, a capacidade manteve-se estável nos meses de verão de 2014, mesmo com a procura e reservas a registar altos picos, correlacionando-se com o início do Mundial de 2014.
Reservas em agências de viagens da Europa para o Brasil (Maio-Agosto)
Nota: os dados de 2014 incluem reservas feitas a partir de 5 de junho.
Reservas em agências de viagens Europa-Brasil a partir de 5 de junho de 2014 e 2013
Pascal Clement, Head of Travel Intelligence, Amadeus, comentou: “É claro que o Campeonato do Mundo está a impulsionar uma significativa procura por viagens e vemos que grandes volumes de procura já resultaram em volumes de reserva correspondentemente elevados”. Continuou: “A análise dos dados é interessante pois mostra maior procura proveniente de países do norte da Europa, enquanto que a mesma é mais baixa em mercados do sul da Europa. A aparente falta de resposta a esses picos de procura evidencia a necessidade de análise de dados mais avançadas, o que pode ajudar a indústria de viagens a localizar e a capitalizar sobre essas oportunidades de negócios”.
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