Viajar de avião

Viajar de avião

Você tem medo de voar de avião? Grande parte das pessoas tem medo de voar, mesmo sabendo que a probabilidade de morrer de acidente de carro é muito maior – somente um em um milhão de pessoas morre de acidente de avião.

Mas há uma diferença entre o medo de voar e aquele medo desproporcional chamado fobia, que significa “temor ou aversão exagerada a situações, objetos, animais ou lugares”. A fobia é um medo paralisante que limita a vida da pessoa e, por não conseguir enfrentar o medo, prefere evitar a situação que o provoca, como voar.

E o que isso tem a ver com música? Quando perguntamos por quais motivos uma banda nunca veio ao nosso país, sempre há explicações: “o dólar está muito alto”, “o cachê é muito caro” e, até mesmo, “nenhum promotor se interessou pelo show”… Talvez alguns desses motivos sejam até reais, mas às vezes nem imaginamos uma razão pouco divulgada só que bem recorrente não só no mundo musical – o medo de viajar grandes distâncias de avião! Acreditem, bandas deixam de viajar, promover seus discos e ganhar um bom dinheiro porque algum integrante tem medo ou fobia de avião. O pior é que parece que a pessoa com medo contagia os demais que estão viajando com ela. Já passamos por essa situação no próprio Stay Heavy, pois o Vinicius tem medo e, teoricamente, eu não, mas fico apreensiva todas as vezes que viajamos juntos. Então vamos a alguns exemplos de medrosos e relatos de tragédias.

Bill Haley & The Comets, ainda em 1955, recusaram o primeiro convite para shows fora dos Estados Unidos por medo de viajar de avião. Seriam no mínimo 14 horas de viagem para quinze shows na Austrália.

Buddy Holly, um dos precursores do Rock, morreu em um acidente de avião, por causa de uma tempestade de neve, em 1959, junto com Ritchie Valens (de “La Bamba”) e Big Bopper. Essa ocorrência inspirou a composição da música “American Pie” por Don McLean.

Apesar de inclusive possuir avião próprio, Elvis Presley também tinha medo de voar. Em 1960 ele foi de trem de Memphis até Hollywood para participar das filmagens do “GI Blues”.

Avião de Elvis Presley - Lisa Marie (convair CV-880)

Uma tragédia em 1977 marcou a morte de integrantes do Lynyrd Skynyrd, além de roadies e tripulação, com a queda do avião particular da banda. Na semana anterior havia sido lançado o álbum “Street Survivors” com labaredas de fogo envolvendo a banda na capa. O disco foi recolhido e a capa trocada após o acidente.

Capas de "Street Survivors" do Lynyrd Skynyrd

Já em 1982, uma imprudência pôs fim à vida de Randy Rhoads, lendário guitarrista de Ozzy Osbourne, que morria de medo de viajar de avião. Andrew Aycock, motorista do ônibus da banda e também piloto de avião, mas com a licença vencida, voava baixo, próximo ao estacionamento onde estava o ônibus da banda e, na terceira vez que passaram perto, uma das asas raspou no teto do ônibus, bateu numa árvore e caiu explodindo e destruindo tudo.

Randy Rhoads

Robert Plant, que seria uma das principais atrações do Rock In Rio II, declarou que uma faringite impediu sua viagem. Mas, além dessa explicação, surgiu outra: ele estaria com medo de viajar de avião por causa de possíveis atentados terroristas e acabou indicando Billy Idol que o substituiu como atração.

Falecido em 1995 depois de contrair uma infecção hospitalar, o guitarrista irlandês Rory Gallagher, que influenciou músicos como Slash, Jimmy Page e Eric Clapton, teve seu reconhecimento prejudicado, pois tinha medo de viajar de avião e, portanto, realizou poucas turnês fora da Inglaterra, explicando em parte a injustiça para com uma lenda do Rock e Blues.

Outro ídolo de muitos headbangers, aliás, vocalista de uma banda muito pedida no Stay Heavy, Rolf Kasparek, do Running Wild, nunca tocou na Ásia, Oceania e América do Sul. A fobia do músico fez com que a banda ficasse restrita à Europa, realizando, além disso, apenas alguns shows nos Estados Unidos, mas desta forma não se tornou tão famosa no cenário mundial como poderia ter sido após mais de 20 anos de carreira.

Também Udo Dirkschneider, apesar de já ter vindo ao Brasil, possui restrições a vôos. Depois que aterrisou por aqui, queria fazer as viagens entre as cidades da turnê apenas de ônibus. Será que ele manteria esta opção após conhecer as nossas estradas. O terceiro alemão desta fila é Schmier do Destruction, que prefere voar apenas de Lufthansa (companhia alemã).

Outra vítima dos vôos é o baterista do Crematory, que tem medo das viagens de longa distância, sendo um empecilho para a vinda da banda à América do Sul, fato divulgado em entrevista ao programa no festival Wacken Open Air 2008. Muito diferente de Bruce Dickinson, que veio ao Brasil pilotando o avião do Iron Maiden e também trabalha como piloto comercial. Outro que gosta das alturas é o ex-guitarrista do HammerFall Stefan Elmgren, que decidiu deixar a banda para aceitar um emprego como piloto em uma companhia aérea.

Bruce Dickinson (Iron Maiden) como piloto

Stefan Elmgren

Algumas bandas, assim como executivos de multinacionais, com medo ou não, viajam com precaução. Quando o Queen começou a fazer sucesso, por exemplo, os integrantes viajavam em aviões separados, por exigência em contrato, evitando o fim da banda caso um deles morresse num acidente de avião.

E também existem os que não estão nem aí, como Lemmy Kilmister (Motörhead) que passou por apuros em um vôo fretado pelos promotores do Monterrey Metal Festival, que levava também Neil Turbin (Anthrax), Glenn Danzig, entre outros. Uma forte turbulência fez com que o piloto perdesse o controle do avião, que sacudia muito e passou a cair, até que o piloto conseguiu recuperar o controle e o resto de vôo seguiu sem maiores preocupações, e ele agiu simplesmente como se nada tivesse ocorrido, segundo Turbin.

Talvez seja difícil citar músicos que excursionam muito e que não passaram por uma situação desconfortável durante algum vôo. A profissão de músico exige deslocamentos, caso queiram progredir neste segmento. E seja a viagem curta ou longa, o risco é o mesmo. Então é necessário existir uma alternativa para cruzar o Oceano, nem que seja sedar o sujeito.

Um consolo: medo de avião tem tratamento. Algumas companhias aéreas até dispõe de psicólogos para auxiliar os passageiros a administrarem o medo. Mesmo assim, quem não sente um friozinho na barriga na hora da decolagem ou do pouso? Então vamos torcer para que esses músicos, já que optaram por essa profissão que envolve turnês e viagens aos mais diversos lugares, procurem um apoio médico urgente e apareçam logo em terras brasileiras para deleite de seus fãs.

Source: http://heavymetal.ig.com.br/index.php/2012/09/30/turnes-x-medo-de-aviao/


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Viajar de avião

A "jornalista 69", como a correspondende da BBC foi identificada na comitiva papal

Uma viagem no avião do Vaticano junto com o papa é uma experiência um tanto surreal.

Para começar, muitos dos jornalistas que viajam com Francisco, os VAMPs (Vatican Media Accredited Personnel, ou, Funcionários de Mídia Credenciados do Vaticano), fazem apenas este trabalho. As mulheres exibem a elegância italiana, usando saltos altos, e até os cinegrafistas usam belos ternos e sapatos bem polidos.

O voo entre Roma e Colombo, a capital do Sri Lanka, é confortavel e o A330 da Alitalia é decorado com cores neutras de bom gosto. Os únicos toques mais coloridos do avião são os apoios para cabeça nas cadeiras, decorados com o brasão papal.

Viajamos para Colombo no primeiro dia da visita de seis dias do papa Francisco à Ásia e deve acabar no domingo, em Manila, nas Filipinas, onde haverá uma missa para milhões de pessoas.

A caminho do avião, cada jornalista recebe o kit de imprensa, com uma prévia dos discursos - sob embargo severo, não podem ser divulgados.

Sou a jornalista 69, um número que devo usar pendurado no pescoço pelo resto da viagem de uma semana.

Os jornalistas entram juntos pela porta de trás do avião. O papa usa a porta da frente da aeronave.

A decolagem é tranquila e então, as cortinas em frente ao local onde estamos se abrem.

De repente, quase todos os jornalistas a bordo estão segurando algum tipo de câmera: desde as equipes de televisão com suas câmeras maiores, até os jornalistas com iPhones, todos tentando uma imagem do pontífice.

Segundo a jornalista da BBC, o avião da Alitalia é confortável e decorado com cores neutras de bom gosto

O papa agora está logo à nossa frente, a imagem reproduzida em dezenas de telas de câmeras nas fileiras de assentos. Ele usa a batina papal, imaculada, e exala uma aura de poder comum àqueles que estão no topo de organizações.

O porta-voz de imprensa, padre Federico Lombardi, faz um pequeno resumo explicando para onde vamos e entrega o microfone para Franciso. Ele é mais alto do que eu esperava e começa com um sorriso brilhante, enquanto anda pelas fileiras dizendo "olá" para a maioria dos jornalistas e profissionais.

O papa aperta mãos, tem as mãos beijadas por jornalistas mais devotos, faz um sinal de concordância quando alguém pede uma oração, abençoa e até conversa um pouco com alguns conhecidos.

A equipe de filmagem do próprio Vaticano se move para trás enquanto o papa avança pelas fileiras. Eles também estão bem vestidos com seus ternos.

O padre Lombardi anda atrás do papa.

Então, de repente, o papa Francisco está na minha frente, me olhando e eu me apresento, falando um italiano vacilante. A mão dele é quente e o aperto de mão é firme.

A presença dele é imponente e ele realmente não se impressiona com o fato de estar sendo filmado por tantas câmeras.

Pergunto o que ele espera desta viagem. Ele se inclina e fica mais próximo, oferecendo a orelha para tentar decifrar meu sotaque terrível, e abre um grande sorriso.

"Veremos", diz o papa erguendo uma sobrancelha, toca o meu braço de maneira calorosa e segue em frente. Nunca com pressa, mas passando apenas o tempo necessário para fazer o máximo de pessoas sentir que recebeu atenção dele.

Nesta viagem temos 76 VAMPs - um grupo que inclui desde pessoas que não cobriram nada além do Vaticano durante décadas até outras que cobrem o Vaticano e outros assuntos italianos.

Sou a mais nova VAMP e, tendo acompanhado uma visita papal "de fora", em dezembro em Istambul, quero muito saber como é viajar dentro da comitiva do Vaticano.

É possível perceber que esta é uma instituição que persiste há milhares de anos. E a operação de imprensa é profissional e bem preparada.

O livreto que o Vaticano produziu para os jornalistas em vários idiomas mostra cada movimento que o papa deverá fazer, tudo planejado minuto a minuto.

Não há muito espaço para atrasos, mas há planos para lidar com estes atrasos e com ameaças de segurança.

Colombo, a capital do Sri Lanka, se preparou para receber a visita do pontífice

Enquanto leio o livreto do material de imprensa do Vaticano, é marcante o fato de o papa não ser apenas o líder de uma antiga Igreja global, mas também um diplomata experiente, bem conectado, bem mais de que muitos chefes de Estado seculares.

Ele está no topo de uma organização com representantes em quase todos os países e, em troca, diplomatas da maioria dos países estão na Santa Sé.

Roma é um lugar que permite encontro, abertos ou secretos, entre todos eles. Não foi à toa que a diplomacia do Vaticano teve um papel importante, nas últimas semanas, na retomada das relações entre Estados Unidos e Cuba.

Enquanto voamos, as bençãos, orações e melhores votos do papa são transmitidos por telegrama aos governantes dos países sobrevoados pelo avião da Alitalia: da Albânia à Grécia, Turquia, Irã, Emirados Árabes Unidos, Omã e Índia.

A cada chefe de Estado do país que sobrevoamos são oferecidas orações e bençãos, enquanto o líder dos 1,3 bilhão de católicos do mundo passa pelos céus noturnos.

Source: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2015/01/150114_viagem_papa_depoimento_fn


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Viajar de avião

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Regras para uma viagem sem incómodos

Se vai viajar de avião, existem certos gestos que podem contribuir para o seu bem-estar geral durante a viagem.

Por exemplo, é importante que, antes desta, garanta uma boa noite de sono e evite deixar tarefas para a última hora.

Para evitar a dor de ouvidos, na descolagem e na aterragem, devido às variações de pressão, mastigue um alimento e beba água em quantidades pequenas.

Se vai mudar de fuso horário, tente adaptar-se ao novo horário, desde logo. Por exemplo, durma apenas à noite. Já se viajar com um bebé, atrase a sua refeição para o momento em que estiver no avião. Pode ser que ele adormeça de seguida. No caso de ser mulher e estar grávida, escolha um assento na zona antes ou sobre a asa e a cadeira do corredor, onde se sente menos turbulência. Em caso de aerofobia (medo de voar), ler uma revista ou conversar durante o voo podem ajudá-lo a afastar os pensamentos negativos.

Revisão: Jorge Atouguia (médico especialista em medicina do viajante)

artigo do parceiro:

Source: http://lifestyle.sapo.pt/casa-e-lazer/viagens-e-turismo/artigos/vai-viajar-de-aviao

27.04.2024

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